Pela manhã, mulheres de topless fecharam principais vias do Centro
Depois de uma manhã tumultuada, o trânsito no Centro do Rio voltou a ficar complicado, na tarde desta segunda-feira (18), por causa de novos protestos de movimentos sociais participantes da Cúpula dos Povos, evento paralelo à Rio+20. Por volta das 16h, o ato "Marcha a ré", contra a política ambiental do Brasil, ocupou todas as faixas da Avenida Almirante Barroso.
Manifestação para trânsito
Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Com cartazes, apitos, caras pintadas e alto-falante, o grupo marchou do Museu de Arte Moderna (MAM) até o BNDES, no Centro. Em alguns trechos do percurso, os manifestantes caminharam de costas.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a interdição da Avenida Almirante Barroso aconteceu no sentido Avenida Rio Branco. Operadores de trânsito orientavam os motoristas na região. Policiais Militares do Batalhão de Choque reforçavam a segurança no local. Às 16h10, manifestantes interditaram temporariamente a Avenida Rio Branco.
Fogo em mapa do Brasil
Na passarela do BNDES, um jovem vestido de presidente Dilma Rousseff e um outro manifestante cuspiram fogo em um mapa do Brasil. Além de alegarem que o Código Florestal sofreu um retrocesso, eles também criticavam a redução de unidades de conservação e a fragilização do poder de fiscalização do Ibama.
Na passarela do BNDES, um jovem vestido de presidente Dilma Rousseff e um outro manifestante cuspiram fogo em um mapa do Brasil. Além de alegarem que o Código Florestal sofreu um retrocesso, eles também criticavam a redução de unidades de conservação e a fragilização do poder de fiscalização do Ibama.
Ex-presidente do Ibama e autal integrante do Instituto Democrático para a Sustentabilidade, Bazileu Margarido afirmou que os órgãos de defesa do meio ambiento no Brasil sofreram um enfraquecimento.
"O Ibama foi esvaziado nas suas competências. Pedimos para que o governo federal reveja sua postura, seu posicionamento. O que estamos dizendo é que o jogo não acabou", disse ele, que presidiu o órgão em 2007 e 2008.
Coordenadora da Rede de águas do programa de águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro ressaltou que é preciso ouvir as ONGs brasileiras que lutam pelas causas ambientais.
"Passados 20 anos, temos áreas indígenas ocupadas por usinas, isso é um absurdo. Há vários movimentos sociais que não estão sendo ouvidos. As coisas não estão indo bem. O jogo ainda não acabou, ainda tem muito o que fazer. A gente tem o direito de discutir o futuro e não receber pronto um mercado pintado de verde", disse.
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