Batalhão de Choque e Exército montam bloqueio para impedir passagem.
Grupo faz protesto contra remoção de famílias em diversas regiões.
Manifestantes que participam de um ato contra a remoção de famílias que
vivem na Vila Autódromo, na Zona Oeste do Rio, tentaram acessar, por
volta das 11h, o Riocentro, mas foram impedidos por um bloqueio montado
pela Polícia Militar e pelo Exército.
O grupo, que ocupava nesta manhã as duas pistas da Avenida Salvador
Allende, ficou a poucos metros de um dos principais acessos ao local
onde chefes de estado se reúnem pela primeira vez durante a Rio+20. Mais
de 100 policias e militares fizeram cordão de isolamento no local. Eles
usam armas não letais e a cavalaria montada ajudou no policiamento.
Ministro Gilberto Carvalho recebe comissão de índios (Foto: Christiano Ferreira/G1)
De acordo com a CET-Rio, o acesso ao Riocentro nesta quarta-feira está
causando retenção ao longo da Avenida Aberlardo Bueno. Por volta das
11h, as retenções chegavam ao autódromo.
Os manifestantes se reuniram na manhã desta quarta, por volta das 9h,
para protestar contra a remoção de famílias que vivem na Vila Autódromo.
O local fica perto de onde será construído o Parque Olímpico. A
manifestação é a primeira a ser realizada nesta quarta, data que marca o
início das reuniões da cúpula da Rio+20.
Além de moradores, integrantes de vários movimentos sociais do país
participam do protesto. Segundo os organizadores, o grupo também
protesta contra a remoção de famílias de outras comunidades do Rio e do
Brasil.
"São remoções injustas. Eles colocam as pessoas distante do âmbito onde
vivem. Assim elas precisam recomeçar uma vida nova, num lugar sem
infraestrutura", contou Jane Nascimento, diretora social da Associação
de Moradores da Vila Autódromo.
Por volta das 11h50, o ministro Gilberto Carvalho negociava com uma
comissão de índios. Eles devem ser recebidos no Riocentro por volta das
16h, de acordo com o ministro.
No período da tarde, às 15h, o Centro do Teatro Oprimido vai fazer uma
passeata mostrando o momento político e estético através da
teatralização. A manifestação, que reunirá vários movimentos sociais,
começa na Candelária e vai até a Cinelândia, no Centro do Rio.
Entre as atividades da Cúpula que acontecem no Aterro do Flamengo,
estão previstas: Gaia Education – Ecovillages and Transition Towns, um
laboratório sobre Práticas Sustentáveis, que acontece na Tenda Maria
Bonita (G), das 18h às 20h30 e ainda o workshop “Right to Water”,
Territórios do Futuro / Direito à Água, organizado pelo Institute for
Agriculture and Trade Policy, que será na Tenda Olga Benário, das 11h30
às 13h30.
(Para mais informações sobre o trânsito no Rio, você pode acompanhar as
câmeras do G1 e consultar a tabela com as condições das principais
vias.)
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