Cientistas dizem que estiagens graves ocorrerão mais vezes neste século.
Investigação foi publicada nesta fim de semana na revista 'Nature'.
A seca extrema que atingiu o Oeste da América do Norte entre 2000 e
2004 foi considerada por pesquisadores como a pior dos últimos 800 anos,
deixando à beira da morte florestas e empobrecendo bacias
hidrográficas.
Os últimos eventos graves registrados teriam ocorrido entre 977 e 981,
além de 1146 e 1151, ambos períodos da Idade Média (os EUA só foram
oficialmente descobertos em 1492).
Entretanto, os cientistas alertam que este padrão deve ser o “novo
normal” para o século 21. O estudo foi publicado neste domingo (29) na
revista “Nature Geoscience”.
Segundo a investigação, feita por um grupo de dez especialistas,
eventos extremos do clima têm aumentado como resultado da elevação da
temperatura global.
A seca em questão pode ser até considerada como "bons tempos", já que
modelos climáticos e projeções de chuvas indicam que o que aconteceu
nesse período é o mais próximo do clima que predominará o país a partir
da segunda metade do século 21.
Além de seu impacto sobre plantações e nascentes, a seca do início da década passada reduziu em 51% o sequestro de carbono em uma área enorme que engloba parte dos Estados Unidos, Canadá e México. Com a vegetação seca, há maior liberação de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, o que implicaria na acentuação da mudança climática.
A pesquisa, liderada pela Universidade do Estado de Oregon, com apoio da agência espacial americana, a Nasa, não deixou claro se o atual período de estiagem, que afeta o Centro-Oeste, do país tem relação com os eventos ocorridos entre 2000 e 2004.
Do Globo Natureza, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário