Empresa de Eike Batista é acusada por desastre ambiental no RJ
A empresa LLX, do brasileiro Eike Batista, é acusada de ser responsável pela salinização da lagoa de Iquiparí. | Foto: Fiesp/Flickr
A empresa LLX, do brasileiro Eike Batista, é acusada de ser responsável
pela salinização da lagoa de Iquiparí, em São João da Barra (RJ). Em
consequência disso os agricultores da área perderam parte da produção e
existe o risco de desertificação da região.
O impacto ambiental foi identificado por pesquisadores da Universidade
Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e ocorreu após a construção do porto
do Açu, pela LLX. A possível causa para a salinização está associada à
areia dragada do mar e depositada às margens da represa.
De acordo com os especialistas, a areia retirada para aumentar a
profundidade do mar e do canal para a passagem dos navios vem carregada
de grande volume de água do mar. Até o momento já foram retirados 31
bilhões de litros de areia e a água residual pode ter escorrido para o
reservatório de água doce.
Conforme informado na denúncia feita pela Folha de S. Paulo,
o caso está sob investigação dos ministérios públicos Federal e
Estadual. Mesmo com as análises técnicas feitas pela universidade, a
empresa se defende, dizendo que possui um sistema próprio de drenagem
que leva a água contida na areia diretamente para o mar.
Outra informação dada pela empresa é de que a água já apresentava altos
níveis de salinidade antes mesmo de o porto ser construído. Os
agricultores locais, por sua vez, informam que sempre utilizaram a água
do canal de Quitingute e nunca tiveram problemas. As anomalias e perda
da produção ocorreram após o início das obras. O nível de salinidade
adequado é de 0,14. Atualmente o canal usado para a irrigação dos
cultivos locais apresenta salinidade em 2,1. Com informações da Folha.
Fonte: Redação CicloVivo
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