terça-feira, setembro 18, 2012

NATUREZA




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Fonte: YOU TUB

CIDADES




Expansão urbana global ameaça 205 espécies de animais, diz estudo

Até 2030, novas cidades do planeta ocuparão 1,2 milhão de km² de área.
Mata Atlântica, Cerrado e outros biomas do mundo podem ser degradados.


Um novo estudo realizado por pesquisadores norte-americanos afirma que até 2030, 1,2 milhão de km² do planeta deixarão de ser áreas inabitadas ou preservadas para dar lugar a grandes cidades – uma área equivalente ao dobro do tamanho do estado da Bahia.
A pesquisa afirma ainda que ao menos 15% da Mata Atlântica e 2,5% do Cerrado, ambos biomas do Brasil, estariam ameaçados por novos aglomerados urbanos e estima que 205 espécies de anfíbios, mamíferos e aves (sendo 134 apenas do continente americano) devem ser impactadas por novos projetos de desenvolvimento, que destruiriam seus habitats.
Os números fazem parte de uma investigação científica realizada por estudiosos das universidades de Yale, Texas A&M e Boston, todas dos Estados Unidos, publicada nesta segunda-feira (17) na revista da academia americana de ciências, a “PNAS”. O estudo utilizou dados de diversas instituições, entre elas a a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
A partir da análise, os especialistas afirmam que é preciso desenvolver projetos sustentáveis para os próximos 28 anos, o que evitaria um grande impacto ao meio ambiente e às futuras gerações humanas.

Área de cerrado queimada na Floresta Nacional de Brasília  (Foto: Káthia Mello/G1)
Área de cerrado queimada na Floresta Nacional de Brasília. Bioma pode perder 2,5% de seu território devido ao crescimento da área urbana no país. (Foto: Káthia Mello/G1)
Investimento pesado para novas cidades

Serão gastos ao menos US$ 25 trilhões (cerca de R$ 50 trilhões) em infraestrutura em todos os países, sendo que somente a China investirá US$ 100 bilhões por ano. Entretanto, o estudo prevê que 48 dos 221 países deverão ter crescimento insignificante nos próximos anos.
Aliás, a Ásia será responsável por metade desses investimentos. Somente China e Índia vão consumir 55% do montante total aplicado na região. Os dois países já elaboraram planos de expansão ousados, que destruirão vilas e aldeias para transformá-las em grandes metrópoles. Na Índia, por exemplo, regiões próximas ao Himalaia deverão se tornar, no futuro, em áreas com grande densidade populacional.
Na África, segundo os pesquisadores, a taxa de desenvolvimento deverá ser 590% maior se comparada à velocidade do ano 2000. Essa expansão urbana se concentrará na Guiné, no Quênia, Uganda, Ruanda, Burundi, Nigéria e Etiópia.
Na América do Norte, onde 78% da população já vive em áreas urbanas, a ocupação do solo deverá dobrar de tamanho em 2030. Porém, apesar do crescimento, os cientistas alertam para impactos significativos sobre a biodiversidade no mundo.
De acordo com Burak Guneralp, um dos autores do estudo, é preciso repensar as políticas de conservação, “o que significaria ter mais cidades sustentáveis”. “Não é tudo pegada de carbono, como pensam os prefeitos atualmente, mas precisamos considerar como a expansão urbana implicará nas espécies não humanas e no valor dessas espécies para as gerações presentes e futuras”, explica.

Nasa Londres (Foto: Jesse Allen e Robert Simmon/Nasa Earth Observatory)Imagem da cidade de Londres iluminada pelas luzes noturnas. Planeta deve ganhar novas cidades até 2030, que ocuparão área equivalente ao dobro do tamanho do estado da Bahia -- 1,2 milhão de km². (Foto: Jesse Allen e Robert Simmon/Nasa Earth Observatory)
 
Fonte: G1

domingo, setembro 09, 2012

Baleia morta está encalhada em praia do RJ há 4 dias

Bombeiros tiveram dificuldades para remover o animal, de 40 toneladas. 
Intenção agora é partir baleia em quatro pedaços e enterrá-la numa cova.



Uma baleia da espécie Megaptera novaeangliae, chamada popularmente de jubarte, de cerca de 40 toneladas, está encalhada desde a última quinta-feira (6) na praia de Santa Clara, emSão Francisco de Itabapoana, no Rio de Janeiro.
Baleia jubarte encalhada em São Francisco de Itabapoana (Foto: Eliel Pereira/Internauta)Baleia jubarte encalhada em São Francisco de Itabapoana (Foto: Eliel Pereira/Vc no G1)
De acordo com o leitor Eliel Pereira, os bombeiros tiveram dificuldades para remover o animal. Dois tratores já tentaram puxar a baleia para o mar aberto, mas sem sucesso. A intenção agora é partir a baleia em quatro pedaços e enterrá-la numa cova na areia.

“O animal está exalando um cheiro ruim. A baleia encalhada infelizmente virou atração turística no feriado, quando vêm muitos turistas, principalmente de Minas Gerais”, diz Pereira.

A baleia já chegou à praia com a cauda cortada. De acordo com Pereira, um pescador já havia visto a baleia boiando no mar na noite do dia 5 e o avisou que ela encalharia na manhã seguinte. “É uma cena muito triste”, diz.

O trabalho de remoção da baleia recomeçará nesta segunda-feira (10).
Eliel PereiraInternauta, São Francisco de Itabapoana, RJ

Fonte: G1

'Superavião' vai medir emissão de gases por queimadas na Amazônia


 

Jato com instrumentos meteorológicos sobrevoará 5 estados em 21 dias.
Ao menos 65 pesquisadores, brasileiros e britânicos, participam do projeto.



Uma aeronave pertencente ao Met Office, o Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, equipada com instrumentos de última geração, vai estudar as queimadas na Amazônia brasileira. Durante três semanas, ele vai sobrevoar cinco estados para investigar os impactos que o fogo na floresta têm sobre a mudança climática e a qualidade do ar no Brasil.
Inédita, a expedição científica denominada Sambba (sigla em inglês para "Análise Sul-americana de Queima de Biomassa", em tradução livre), vai reunir 64 cientistas brasileiros e britânicos e o jato Faam BAE-146, já utilizado em outros projetos ambientais.
Coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Met Office, o estudo conta ainda com o apoio das universidades de São Paulo (USP), de Manchester e de Leeds, ambas britânicas.

Os pesquisadores sobrevoarão entre 14 de setembro e 4 de outubro os estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará, Acre e Rondônia, totalizando cerca de 80 horas de voo. O período escolhido é considerado o auge da ocorrência de queimadas na Amazônia Legal -- que engloba nove estados do país.
A aeronave Faam, do Serviço Meteorológico Nacional do Reino Unido, vai sobrevoar a Amazônia durante 20 dias para estudar as emissões de gases provenientes de queimadas. (Foto: Divulgação/Faam.ac.uk)A aeronave Faam, do Serviço Meteorológico Nacional do Reino Unido, vai sobrevoar a Amazônia durante 20 dias para estudar as emissões de gases provenientes de queimadas. (Foto: Divulgação/Faam.ac.uk)
Melhorias na previsão e investigações científicas
Segundo Karla Longo, cientista do Inpe especializada na área de química da atmosfera e coordenadora brasileira do Sambba, o projeto obterá informações que vão melhorar modelos de análise das alterações climáticas no planeta, e ainda aperfeiçoar as previsões meteorológicas e a medição da qualidade do ar.
“Nós avançamos muito nos últimos dez anos, mas ainda há questões importantes. A quantificação das emissões [de gases das queimadas] ainda é deficiente. Com a aeronave, vamos fazer a medida da cicatriz do fogo em tempo real”, disse Karla ao G1.
Região de interesse para os voos do projeto Sambba está contornada de azul. Cinco estados da Amazônia Legal serão analisados. (Foto: Divulgação/Inpe)Região de interesse para os voos do projeto Sambba
está contornada de azul. Cinco estados da Amazônia
Legal serão analisados (Foto: Divulgação/Inpe)
De acordo com Karla, as queimadas são a principal fonte emissora de CO2 no Brasil.

“No período úmido [de chuvas], 90% das emissões do país são provenientes da indústria e dos automóveis. Mas no período seco, entre agosto e setembro, a situação muda e as emissões por queimadas ficam próximo de 90%”, explica.
Além disso, a fumaça atrapalha a visibilidade sobre extensas regiões e pode afetar o regime de chuvas, já que as nuvens sofrem alterações -- o que afeta a produtividade da floresta amazônica e de seus recursos naturais, além de potenciais econômicos.
Ela explica ainda que a partir das medições feitas pela aeronave, que tem capacidade para cem pessoas, será possível criar um modelo que conseguirá saber, no futuro, quanto de CO2 e outros gases foram liberados durante uma queimada na região.
Dados do monitoramento de queimadas e incêndios contabilizados pelo Inpe apontam que de 1º de janeiro a 5 de setembro deste ano, a Amazônia brasileira registrou 141.893 focos de incêndio, contra 50.862 no mesmo período do ano passado – ou seja, quase triplicou.

Políticas públicas
Ainda de acordo com a coordenadora do experimento, a precisão das informações captadas pela aeronave -- e posteriormente analisadas pelos cientistas -- poderá reforçar políticas públicas voltadas ao combate de ações ilegais no bioma brasileiro.

"Hoje, por exemplo, o Ministério Público do Acre utiliza as informações de queimadas na Amazônia como ferramenta jurídica para combater focos na floresta, proibindo a queima. Quanto mais precisa for essa informações, mais eficiente deverá ser as ações preventivas", explica.
Queimadas na Amazônia podem ser menos intensas em 2012, diz Nasa (Foto: Nasa)Imagem de satélite divulgada em outubro de 2011 pela agência espacial americana, a Nasa, mostra focos de queimada na região do Rio Xingu, no Mato Grosso. (Foto: Nasa)
Eduardo CarvalhoDo Globo Natureza, em São Paulo
 

Lontras ajudam indiretamente a reduzir reduzir CO2 na atmosfera, diz estudo

Animais espantam ouriços-do-mar, que consomem algas marinhas.

Um dos papéis das algas é absorver grande quantidade de gás carbônico.



Lontras (Foto: Divulgação/Arthur Morris/University of California Santa Cruz)Lontras-marinhas ajudam a manter algas, que absorvem
CO2 (Foto: Arthur Morris/University of California/Divulgação)
Um novo estudo feito por pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia em Santa Cruz sugere que aumentar a população de lontras-marinhas poderia contribuir, indiretamente, para a redução de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, – um dos principais gases causadores do aquecimento global.
Isto porque, segundo a pesquisa descrita esta semana na revista científica "Frontiers in Ecology and the Environment", esses mamíferos são capazes de espantar ouriços-do-mar, que se alimentam de algas marinhas. Essas algas, por sua vez, são responsáveis por absorver grandes quantidades de CO2 da atmosfera.
Segundo o professor de ecologia e biologia evolutiva Chris Wilmes, um dos autores do trabalho, foram combinados mais de 40 anos de dados sobre lontras e algas encontradas na Ilha de Vancouver, no oeste do Canadá.
O pesquisador diz que as lontras marinhas têm um efeito indireto positivo sobre a biomassa de algas. Ele explica ainda que os ouriços-do-mar se escondem em fendas e evitam se alimentar de restos de algas com a presença das lontras, aumentando o trabalho de absorção de CO2 pelos vegetais aquáticos, por meio do processo de fotossíntese.
De acordo com o estudo, a divulgação sobre o aumento da população de lontras não resolve totalmente o problema das emissões de gás carbônico, mas essa é uma forma de alertar sobre a necessidade de incluir a preservação dos animais em modelos climáticos e métodos de captura de carbono.

Do Globo Natureza, em São Paulo