quinta-feira, junho 07, 2012

REALIDADE DA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES NOS BAIRROS DA CIDADE DE COELHO NETO – MA



REALIDADE DA COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES NOS BAIRROS DA CIDADE DE COELHO NETO – MA



Geovane de Oliveira Mesquita[1]
Márcia Cristiane Kravetz[2]



RESUMO

Este trabalho teve por objetivo analisar o modelo de coleta de resíduos sólidos domiciliares da cidade de Coelho Neto, Maranhão, dando ênfase aos bairros da cidade. Para o desenvolvimento deste trabalho fez-se uma discussão teórica sobre a as características dos bairros da cidade de Coelho Neto, Maranhão, com a finalidade de conhecer as características socioeconômicas da população e a relação da sociedade quanto ao acondicionamento, e destino dos resíduos sólidos domiciliares gerados em 8 bairros deste município. Existe, para este estudo, uma relação direta entre a pavimentação das ruas e a coletada dos resíduos domiciliares, onde se tem um déficit total de aproximadamente 42,7% de lixo não coletado em função da não pavimentação das ruas dos bairros. O bairro Novo Astro foi o que possuiu o maior déficit (76,5%), onde este ocorre em virtude deste bairro ainda se encontrar em processo de urbanização. O bairro do Anil e Sarney apresentaram respectivamente 66,6 e 34,6%. Isso se deve a não pavimentação das áreas de periferia destes bairros.

Palavras - chave: Pavimentação. Bairros. População. Meio Ambiente.


INTRODUÇÃO

Atrelado ao desenvolvimento econômico está o aumento do poder de compra dos indivíduos. Devido a essa maior capacidade para o consumo, a população está se acostumando a comprar além do que será consumido e, desse modo, aumentando as estatísticas referentes à geração de resíduos sólidos urbanos (LOBATO & LIMA, 2010).
Para França & Ruaro (2008), o Brasil não foge à regra mundial, pois o que predomina na maioria das áreas urbanas é a disposição final inadequada dos resíduos sólidos urbanos, que acabam sendo despejados sem critérios no meio ambiente, interferindo na qualidade do solo, do ar e das águas.
Dados do IBGE (2002) revelam que, no Brasil, os sistemas de limpeza urbana coletam em torno de 150 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. Do total de municípios, 63,6% despejam seus resíduos em lixões, 18,4% em aterros controlados e apenas 13,8% utilizam aterros sanitários.
Ainda, segundo dados do IBGE (2000), PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Municípios, nos estados da Região Nordeste, a precariedade de serviços de coleta de lixo domiciliar atinge limites que comprometem o meio ambiente urbano e qualidade de vida da população. Nestes, os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, são caracterizados pelo baixo percentual de domicílios servidos por coleta de lixo comparado ao alto percentual de utilização de terrenos baldios.
Segundo Sousa (2005), a Secretaria Municipal de Obras e Urbanismo de Coelho Neto é o órgão responsável pela coleta de lixo bem como seu destino. Mesmo assim, funciona de maneira deficiente, pois tanto a frota de veículo como o pessoal utilizado não atende a demanda.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do município de Coelho Neto - MA (2005), a quantidade de lixo coletado em valores aproximados é de 25 t/dia, distribuídos em entulhos, material orgânico, lixo residencial, lixo hospitalar dentre outros. Considerando a população urbana de 36.500 habitantes (censo 2000, o volume de lixo coletado diariamente na zona urbana), estima-se deste modo que a distribuição “per capita de lixo é de 0,68kg/hab/dia” (OLIVEIRA, 2005).
Em conformidade com Fagundes (2005), tratar e dispor os resíduos provenientes das atividades urbanas sempre foi uma grande preocupação das administrações municipais e demais atores envolvidos na área de saneamento ambiental. Em face do exposto este trabalho tem por objetivo analisar o modelo de coleta de resíduos sólidos domiciliares da cidade de Coelho Neto, Maranhão, dando ênfase aos bairros da cidade.

MATERIAL E MÉTODOS

Para o desenvolvimento deste trabalho fez-se necessária a realização das seguintes etapas: uma discussão teórica sobre a as características da população e a educação ambiental; um estudo de caso nos bairros da cidade de Coelho Neto, Maranhão, com a finalidade de conhecer as características socioeconômicas da população e a relação da sociedade quanto ao acondicionamento, e destino dos resíduos sólidos domiciliares gerados em todos os bairros.
Em cada estudo de caso, foram percorridas três ruas de cada bairro, buscando a definição da realidade de cada uma. Ainda dentro de cada estudo obtive-se registro com câmera fotográfica para caracterizar a realidade de cada bairro. Fez-se o uso do software Excel 2007 (MICROSOFT), o qual serviu para mostrar os dados em forma de planilhas, comparando melhor os dados.
Realizou-se entrevistas com moradores de cada bairro, e por fim uma visita ao destino final dos resíduos sólidos gerados no perímetro urbano do município, o “Lixão”, onde, entrevistou-se a pessoa responsável pelo o controle de entradas de caminhões que fazem à coleta de resíduos sólidos domiciliares de cada bairro. Por fim, entrevistou-se alguns trabalhadores ajudantes de caminhões responsáveis pelo serviço de coletas onde o intuito foi buscar a realidade de cada bairro na visão do “responsável” direto pelo o trabalho de coleta de resíduos sólidos em cada uma das ruas da cidade.
Embora durante a pesquisa em campo tenham acontecido visitas em todos os bairros (19 no total) que a cidade possui, nesse estudo vão ser citados apenas 08 bairros uma vez que, os outros bairros que não serão citados possuem características semelhantes, como: de população, de ruas e a tratativa com resíduos sólidos domiciliares.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CARACTERÍSTICAS DE OITO BAIRROS DO MUNICÍPIO DE COELHO NETO QUANTO À COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (LIXO)

·         Bairro Conjunto Duartão
O Conjunto Duartão, está ligado diretamente ao centro da cidade e é um dos menores bairros, composto apenas por sete ruas, sendo que seis são devidamente pavimentadas.
Dentro do bairro existe uma pequena vila conhecida como “Vila Bancária”, a qual é habitada por pessoas que trabalham em bancos da cidade, outras que trabalham em diversas áreas do setor público e que moram em outras cidades.
Este bairro caracteriza-se por ter em sua população, 97% dos moradores como pessoas de um bom nível financeiro e cultural. Contando com 87,5% de suas ruas pavimentadas, e uma população com um bom nível de esclarecimento cultural, torna-se, mais fácil obter bons resultados em programas comunitários e ações voluntárias da população que, por sua vez, é conhecida como uma das três melhores na questão de acondicionamento e destinação do lixo produzido.
Atualmente, neste bairro, são produzidas aproximadamente 6,5 toneladas de lixo por semana, sendo que 90 % desta totalidade são coletadas, evitando assim um acumulo de lixo em meios fios, calçadas e ruas.

  • Bairro Bom Sucesso
            O Bairro Bom Sucesso está localizado na saída da cidade de Coelho Neto em direção ao município de Duque Bacelar, no mesmo estado. Este bairro é um dos mais importantes da cidade, logo que este dá acesso a cinco outros bairros, mais o centro. Embora tenha importância para o município, este não possui uma grande extensão, haja vista que este tem apenas sete ruas (devidamente pavimentadas).
Em relação a sua população podemos dizer que é um bairro de contraste populacional, pois é notório que encontraremos belas residências em meio às humildes casas de taipa e palha. Mas, também não fica caracterizado que esse contraste venha ocupar lugar ruim no compromisso dos seus moradores com os seus deveres, de conservadores do bem público e do meio ambiente.
Realizando-se uma inspeção visual, percebe-se que estes resíduos sempre estão bem acondicionados, alguns em bobonas de plásticos (tambores), outros com armações de ferro suspenso e outros em sacolas.
Neste bairro são geradas aproximadamente 9,0 toneladas de lixo por semana e, devido todas as ruas apresentarem bons acessos, está entre os bairros mais apreciados pelos trabalhadores que fazem à coleta, o qual com a contribuição dos moradores, a coleta de lixo chega muito próximo do que é considerado bom.

  • Bairro São Francisco
O bairro São Francisco é considerado o segundo menor da cidade, embora tenha a mesma quantidade de ruas que outros bairros (sete), as ruas tem pequenas extensões. Estas são pavimentadas, com calçamentos de boa qualidade, e que esteticamente dá uma boa aparência às ruas.
A população deste bairro em sua maioria é considerada humilde e, embora a simplicidade esteja em muitas residências, o compromisso com a conservação do meio ambiente também parece está presente.
Neste bairro são coletadas aproximadamente 5,0 toneladas de lixo por semana e, devido às boas condições das ruas, estas não ficam sem este serviço.
Como a coleta de lixo no município, tem uma escala em dias pré-determinados parar ruas e bairros, a população mantém o compromisso em acondicionar seus resíduos em embalagens adequadas.

  • Bairro Bela Vista
O bairro Bela Vista é o terceiro bairro mais antigo do município e possui boa localização, tendo em vista que liga o centro da cidade a outros bairros da periferia, além de saída para outros municípios da micro-região de Coelho Neto.
Possui dez ruas todas pavimentadas, este bairro é habitado por uma população de condição financeira mista. Possui ótimas opções de residir, logo que, tem um dos melhores abastecimentos de água, ruas de boa pavimentação, escolas e creches, praças, quadra de esportes e uma rede de esgoto com galerias fechadas.
Igual aos outros bairros da cidade há os dias determinados para coletas de lixo, fazendo assim, com que, a população esteja sempre mantendo os seus deposito de lixos organizados, mantendo as ruas limpas e facilitando assim o trabalho dos coletores.
Neste bairro, o lixo é coletado duas vezes por semana, sendo coletadas cerca de dez toneladas por semana.

  • Bairro Cajueiro
O bairro Cajueiro é considerado o menor bairro da cidade e conta com apenas quatro ruas, todas pavimentadas, as quais possuem moradores de classes sociais mistas. Este produz aproximadamente 5,0 toneladas de lixo por semana.

  • Bairro Novo Astro
O bairro Novo Astro possui dezessete ruas e ainda é considerado um bairro em construção, haja vista que suas ruas ainda estão em processo de pavimentação, estando apenas quatro concluídas.
Este bairro possui grandes dimensões as quais são ocupadas em grande parte por chácaras, dando um ar bucólico a este.
A ausência de pavimentação na maioria das ruas dificulta o trabalho do programa de limpeza, submetendo os moradores à responsabilidade da limpeza do bairro, onde estes buscam um lugar próprio para destinação do lixo gerado em suas residências, criando pequenos lixões ao longo do bairro.
Neste bairro são coletadas cerca de 6,0 toneladas de resíduos por semana, a qual em virtude da ausência de pavimentação das ruas e da não coleta do lixo nestas, estima-se que estes valores sejam bem maiores.

  • Bairro Anil
O bairro Anil é o bairro mais antigo do Município de Coelho Neto, e é o mais cheio de contrastes. Apresenta áreas de baixa topografia contrastando com áreas de alta e áreas próximas ao centro contrastando com áreas periféricas.
A coleta de lixo também acompanha estes contrastes, sendo realizada nas áreas de melhor facilidade de acesso o que se agrava em virtude de apenas sete de suas vinte e uma ruas serem pavimentadas.
A quantidade de resíduos coletados está estimada em dez toneladas, porém em face do problema de pavimentação das ruas, esta é certamente bem maior.

  • Bairro Sarney
O Bairro Sarney, é constituído por 26 ruas e é considerado o bairro maior e mais populoso da Cidade de Coelho Neto. Este tem um alto nível de pobreza, precariedade de abastecimento de água (70% da população do bairro tem abastecimento), grande índice de analfabetismo e alto nível de insegurança.
Neste bairro, apenas dezoito ruas são pavimentadas e possuem algum tipo de abastecimento de água, deixando as demais a mercê de doenças oriundas da água e do lixo.  
Existe apenas um veículo que faz a cobertura de coleta do lixo no bairro, e este transita apenas nas ruas pavimentadas, fazendo com que muitas pessoas se desloquem com sacos de lixo até a rua pavimentada mais próxima; Outras se revoltam e colocam o lixo em terrenos baldios, em quintais e até mesmo nas ruas.
Movidos, talvez, pela insatisfação, muitas pessoas do bairro ignoram a programação semanal de coleta, e jogam lixo espalhados nas sarjetas, meios fios, nas ruas, terrenos baldios, ignorando até mesmo a presença dos coletores no ato da coleta, pois jogam lixo no chão quando eles estão fazendo seu trabalho. É valido ressaltar que este bairro é o maior produtor de resíduos sólidos domiciliares do município, correspondendo a cerca de 10 toneladas por semana, isso em razão dos critérios exposto pelos responsáveis do sistema de coleta de lixo.

VISÃO GERAL

Os primeiros resultados obtidos ao longo da pesquisa da ênfase as principais características da população de cada bairro, e, embora não esteja em evidencia à questão socioeconômica da população de cada bairro, é visível que a população em geral está adquirindo conhecimento e comprometimento com a questão ambiental. Esta preocupação com o meio ambiente é visível quando há uma relação direta com a preocupação da forma de acondicionar e com a destinação final dos resíduos sólidos gerada em cada domicilio.
Como citado acima, no estudo de caso a população do município tem mostrado interesse em contribui com a limpeza urbana, e, consequentemente com a preservação com o meio ambiente.
A população age de uma maneira natural, onde tem consciência de que se houver certa incoerência no ato do acondicionamento e na destinação do lixo gerado pela sua família eles próprios podem vir ser prejudicado.
Por muito tempo a sociedade preocupava apenas em produzir, consumir e no ato do descarte não dava atenção para os possíveis problemas que poderia lhe acarretar com uma má destinação. Pode-se dizer que estes pensamentos ficaram para traz e que a população já não é tanto relapsa nessa questão.                          
No município em estudo, as maneiras mais usadas de acondicionamento de resíduos sólidos são: em sacolas plásticas (figura 1), o seu uso é predominante nos bairros e periferias. As outras duas formas mais usadas são em tambores de metal (figura 2), e em armações de ferro suspensos (figura 3). Essa última é mais comum no centro da cidade e na casa de pessoas com maior poder aquisitivo.


Modelos de acondicionamento de lixo em Coelho Neto - MA (Foto: Geovane Mesquita)

            É de suma importância, para um efetivo sistema de coleta de resíduos, que a gestão municipal convoque a população para trabalharem em parceria, uma vez que a população é a peça principal na execução de um programa relacionado à conservação e proteção do meio ambiente.
A Secretaria de Obras e Urbanismo do Município adotou o seguinte sistema de coleta de resíduos sólidos domiciliares.

FROTA TRANSPORTE DE RECOLHIMENTO RESÍDUO DOMICILIAR

a) - Há 12 (doze) caminhões;
·            01 (Um) Caminhão o de modelo (EZ PACK) realiza a coleta no      centro comercial da cidade e o bairro Conjunto Duartão;
·            01 (Um) Caminhão é destinado a coletar apenas galhos de matos  e entulhos;
·            01 (Um) caminhões e destinado para realizar a coleta do bairro Sarney, (por ser o maior bairro tanto territorial como populacional); e
·            09 (nove) caminhões caçambas fazem o trabalham divididos nos demais bairros da cidade, ficando 01 (um) para atender dois bairros.

Calendário / Itinerário da coleta.
b) - Datas e Setores pré-estabelecidos;
·            O sistema de coleta de resíduos sólidos domiciliares, pré-estabelece dois dias de coleta para cada rua na semana;
·            O caminhão que atende a área de galhos de arvores e entulhos, atende onde estiver precisando, sendo que, a população interessada no serviço de urgência, deve procurar a secretaria responsável para execução do serviço.

Colaboradores envolvidos
c) - Quantidade pessoas responsável pela coleta e transportes:
·            12 (doze) motoristas;
·            36 (trinta e seis), ajudantes de caminhões/garis: e
·            01(um) conferente / balanceiro, pessoa responsável pelo controle                                   entrada de caminhões no aterro sanitário (lixão).

O sistema de coleta de resíduos sólidos domiciliares funciona de uma maneira simples e que poderia ser até mais eficiente, isso se não fosse às más condições das ruas, logo que o sistema de coleta destes resíduos não é permitido entrarem em ruas que não são calçadas (Tabela 1).

Tabela 1. Situação da coleta de resíduos sólidos domiciliares em 8 bairros do município de Coelho Neto - Maranhão (2011).
Bairro
Ruas pavimentadas
Ruas não pavimentadas
Lixo coletado (t/mês)
Lixo não coletado (t/mês)
Lixo total (t/mês)
Déficit (%)
Conjunto Duartão
6
1
26
4,33
30,33
14,3
Bom Sucesso
7
0
36
-
36
0
São Francisco
7
0
20
-
20
0
Bela Vista
10
0
40
-
40
0
Cajueiro
4
0
20
-
20
0
Novo Astro
4
13
26
84,5
110,5
76,5
Anil
7
14
40
79,94
119,94
66,6
Sarney
17
9
48
25,38
73,38
34,6
Total
62
43
256
191,15
447,15
42,7
Fonte: Pesquisa realizada em 12/2010, nos bairros da cidade e dados de entrada no lixão municipal de Coelho Neto – MA

A ausência de estradas pavimentadas impossibilita o transporte dos resíduos até área apropriada para a sua disposição final, que na maioria dos casos também ocorre de forma imprópria (lixões) (SILVA, 2009).
Observando-se a tabela 1, percebe-se a relação direta entre a pavimentação das ruas e a coletada dos resíduos domiciliares, onde se tem um déficit total de aproximadamente 42,7%.
O bairro Novo Astro foi o que possuiu o maior déficit (76,5%), onde este ocorre em virtude deste bairro ainda se encontrar em processo de urbanização.
O bairro do Anil e Sarney apresentaram respectivamente 66,6 e 34,6%. Isso se deve a não pavimentação das áreas de periferia destes bairros.

Ruas dos bairros de Coelho Neto - MA (Foto: Geovane Mesquita)























CONCLUSÃO

            A falta conscientização e o comprometimento na tratativa com o lixo gerado em cada residência do município de Coelho Neto – MA, não é o maior problema na cidade, no que esta relacionado ao acondicionamento e destinação desses resíduos domiciliares, haja vista que, embora o município não tenha, ainda, exposto nem divulgado um projeto de conscientização da importância que tem em dar um destino adequado a todo resíduo gerado por cada cidadão coelho-netense, a população vem contribuindo com o seu próprio bem está, é, em não deixando acumular lixo em suas residência, é, improvisando melhores maneiras de acondicionamento e cobrando um efetivo do governo municipal em rádios e na TV local.
       Já  o fator  pavimentação possui maior influência na coleta de resíduos sólidos domiciliares e em sua destinação final, uma vez que não aparecem na contabilidade a  real quantidade de resíduos gerados no município.  A falta de pavimentação das ruas tem grande influencia neste sentido, devido à impossibilidade de tráfegos de carros da coleta, o que leva a população não atendida com este serviço em dar uma outra destinação ao lixo gerado em suas residências. Em muitos domicílios da periferia a população  reserva uma área de sua propriedade para “formar lixão” o que pode deixar a própria família vulnerável a  doenças provenientes de insetos, barata, moscas e ratos. O que é muito comum em regiões que não tem uma boa destinação final do lixo.   
             A forma de acondicionamento destes resíduos sofre influência direta da pavimentação das vias e do poder aquisitivo do morador do bairro, logo que vistos anterior em fotos, as maneiras de acondicionamento dos resíduos, e, é  citado que a forma mais utilizada a que é mostrado na figura 1 (saco plástico de supermercado), esta por sua vez seja uma das mais prejudiciais ao meio ambiente, mas ainda é a que vem suprindo a população de baixa renda no acondicionamento de lixo em suas residências, isso não se deve por a população não ter consciência dos sacos vendidos em supermercado,  mais sim pelo o incentivo que a população não recebe do governo municipal em contribuir com a limpeza publica e consequentemente com a preservação do meio ambiente, e embora não receba incentivo a população não deixa de tentar fazer sua parte.  
            A pavimentação das ruas dos bairros tem uma importância imensurável uma vez que, em uma rua não pavimentada  você encontra grandes fatores que propicia a exposição da saúde da população local, dentre os problemas é comum encontrar;  acumulo de lamas, lixo acumulado, dejetos domésticos, fezes de animais, e até pequenos animais mortos e etc. estes que além de poluir o solo, compromete o ar que respiramos. Exemplos que não se aplica facilmente a rua de uma boa  pavimentação, o que é notório que a qualidade de vida começa onde você escolhe para morar.
REFERÊNCIAS

LOBATO, KCD & LIMA, JP (UNIFEI), Caracterização e Avaliação de Processos de Seleção de Resíduos Sólidos Urbanos por Meio da Técnica de Mapeamento, Out / Dez 2010.

FRANÇA, RG & RUARO, ÈCR (AMAI), Diagnóstico final dos resíduos sólidos urbanos na região da Associação dos Municípios do Alto Irani (AMAI), Santa Catarina, em: Dez. 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPACIAIS (ABRELPE). Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2007. 2007. Disponível em: <http://www.abrelpe.org.br/noticia_. php> Acesso em: dez. 2008.

Sousa, Maria Júlia Pereira (UEPI) Pesquisa Sobre Questão dos Resíduos Sólidos Domiciliares  em Coelho Neto – MA. Dez / 2005.

D’ALMEIDA, M. L. O., VILHENA, A. Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. 2.  Ed. São Paulo: IPT/CEMPRE, 2000.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2002. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Brasil. Disponível em: CD-ROM. Acesso em: 15 fev. 2008.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores de desenvolvimento sustentável: Brasil 2008. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/recursosnaturais/ids/default_2008.shtm>. Acesso em: 17 jul. 2009.

________. Pesquisa nacional de saneamento básico 2000. Rio de Janeiro, RJ, 2002.Disponívelem:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pnsb/pnsb.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2009.

JOIA, Paulo Roberto & SILVA, Maria do Socorro Ferreira, (UFMS/CPAQ) CALDERONI, S. Os bilhões perdidos no lixo. 3.ed. São Paulo: Humanistas: FFLCH/USP, 1999

FAGUNDES, D. C. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos em Teodoro Sampaio – SP. 2005. 86 f. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Geografia) Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista. Presidente Prudente, 2005.

SILVA, A. D. da. Coleta e destinação final do lixo urbano nas cidades da calha do rio Solimões e o perigo aviário: o estudo de caso de Tefé. 2007. 140f. Monografia (Especialização em Geografia da Amazônia Brasileira), Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2007.

______. Geotecnologias e a problemática dos resíduos sólidos urbanos em Tefé, AM. 2009. 107f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia). Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2009.

SCARLATO, F.C. Point J Á, Do nicho ao lixo: ambiente, sociedade e educação. 11º ed. São P


[1] Aluno do Curso de Pós – Graduação em MBA – Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
[2] Orientadora: Gestora Ambiental formada pela Faculdade Integradas Camões/PR. Especialista em Ecologia Urbana: Construindo a Cidade Sustentável pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Pós Graduada em Formação Docentes e de Orientadores Acadêmicos em EAD – Grupo Educacional Uninter. Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso do Grupo Uninter.



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