Cerca de 1,5 mil pessoas, entre índios e visitantes da Cúpula dos Povos da Rio+20, formaram um enorme desenho humano na tarde desta terça-feira (19), na Praia do Flamengo. A ação foi idealizada pela organização não-governamental Amazon Watch com o objetivo de chamar a atenção sobre os riscos sociais e ambientais provocados pela construção de grandes barragens nos rios da Amazônia. A imagem aérea ainda não foi divulgada.
O desenho das pessoas na areia formou um globo terrestre rodeado por rios e com a inscrição "Rios para a vida" e também com a imagem de índio apontando para o sol.
Os manifestantes questionam as obras que vão represar as águas para abastecer as usinas hidrelétricas projetadas na região amazônica, como a de Belo Monte, de Jirau e Santo Antônio. Segundo a ONG, isso contradiz o mito de que essa forma de desenvolvimento representa uma solução energética sustentável para este século.
Representantes da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) também participaram da organização do desenho. O esboço na areia começou a ser feito por volta das 12h, com faixas laranjas e bandeirinhas que demarcaram onde as pessoas deveriam se posicionar.
Pessoas que passavam pela Praia do Flamengo também foram convidadas a participar da formação do desenho, até o preenchimento total das posições marcadas. O fotógrafo Chico Lima, contratado pela Amazon Watch, utilizou uma câmera acoplada a um hexacóptero – uma espécie de helicóptero em miniatura -, guiado por controle remoto, que sobrevoou a praia após o desenho humano ficar pronto.
Até uma freira participou do desenho humano organizado pela ONG Amazon Watch na praia do Flamengo (Foto: Glauco Araújo/G1)
Cacique Raoni participa de desenho humano na areia da praia do Flamengo (Foto: Glauco Araújo/G1)
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