domingo, junho 17, 2012

No G20, Dilma vai 'preparar terreno' para avanços na Rio+20, diz ministro



Países criticaram falta de ambição em documento apresentado.
O importante é que saia documento que amarre metas, diz Carvalho.



Gilberto Carvalho, durante evento no Rio de Janeiro (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Gilberto Carvalho, durante evento no Rio de
Janeiro (Foto: Darlan Alvarenga/G1)
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse neste domingo (17) ao G1 que a presidente Dilma Rousseff participa do G20, no México, com o objetivo de “preparar terreno” para possíveis avanços no documento final da Rio+20. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo.
O encontro terá a participação de líderes que confimaram presença no encontro do Rio de Janeiro, como o presidente francês François Hollande. Mas a cúpula também reunirá líderes que não estarão na Rio+20, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. 
"Ela [Dilma] vai com o intuito de preparar terreno lá. A presidente está em sintonia com os documentos daqui. Sabendo das dificuldades, ela pode discutir algumas destas dificuldades lá”, afirmou o ministro após participar de uma mesa de debates no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, no Windsor Barra Hotel.
O rascunho do texto da Rio+20, apresentado pelo Brasil neste sábado (16), foi criticado pelas delegações dos quase 200 países presentes à conferência. A delegação da União Europeia e o G77, que reúne 77 países emergentes, reclamaram que falta "ambição" na proposta. Organizações não-governamentais criticaram a falta de "ações" concretas. 
“Nada é mágico. Mas soma, na medida em que junto com ela estarão os que mandam e a presidente tem tido uma performance muito importante nestes encontros," avaliou.Segundo Gilberto Carvalho, o Planalto acredita que a proposta brasileira possa voltar fortalecida e “com avanços”, após as conversas da presidente com os chefes de Estado das 20 maiores economias do mundo.
“A mensagem fundamental que ela vai levar é que os processos de superação de crise não podem ser enfrentados apenas com a diminuição do estado, com diminuição de custos, sem se levar em conta o conjunto daquilo que nós conceituamos como desenvolvimento sustentável e sem uma retomada de uma modelo de crescer, distribuindo," completou. 
Carvalho disse ainda que não cabe ao Brasil, como anfitrião, ousar demais na proposta do documento final em discussão na Rio+20. Em reunião fechada neste sábado, países criticaram falta de ambição em documento apresentado aos diplomatas pelo governo brasileiro. 
“Somos anfitriões, não nos cabe avançar demais. Temos de ter um equilíbrio”, afirmou. “A rigor, o encontro de dirigentes nem começou ainda para se dizer que o documento está muito avançado ou muito atrasado”, acrescentou o ministro. 
Segundo Carvalho, para o Planalto o mais importante é que haja um tipo de compromisso efetivo de todos os países. “Para nós não é importante estar na vanguarda. O importante é que saia um documento que amarre algumas metas. Isso é o essencial. Que pelo menos os objetivos do desenvolvimento sustentável sejam amarrados”, afirmou

Darlan AlvarengaDo G1, no Rio

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