quinta-feira, junho 14, 2012

Exército posiciona mísseis para abater ameaças ao Riocentro


Canhões podem atingir alvo a até 3 km de altitude e 4 km de distância.
 
Ordem para derrubar inimigos ou aeronaves suspeitas parte da presidente.
Soldados posicionam míssel nesta quinta-feira (14) para proteger  região do Riocentro (Foto: (Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação))Soldados da Brigada de Artilharia Antiaérea, em foto divulgada nesta quinta pelo Exército
Radar anti-mísseis protege nesta quinta-feira (14) evento mundial de possíveis ataques (Foto: (Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação))Radar anti-mísseis, em foto tirada nesta quinta
(Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação)
Exército posicionou canhões e lançadores de mísseis em um círculo de 4 km ao redor do Riocentro, principal local de eventos da Rio+20, para abater aeronaves suspeitas em caso de uma possível invasão ao espaço aéreo onde estarão reunidos mais de 130 chefes de Estado, segundo o general Marcio Roland Heise, que comanda artilharia antiaérea brasileira.
O general diz que 300 militares especializados estão trabalhando desde o início da semana para “fazer frente a qualquer tipo de ameaça que tenha a intenção de atacar aquele lugar”.

Entre o armamento disponível estão canhões Oerlikon e Fila/Bofors de 40 mm, além de mísseis portáteis russos Igla, capazes de destruir aviões ou helicópteros com apenas um disparo. A quantidade de armas e misseis disponíveis não foi divulgada. Cada míssil custa cerca de US$ 80 mil (R$ 165.600).

“Estaremos em locais estratégicos e de forma mais discreta possível, para que possamos camuflar nosso dispositivo. Não há a necessidade das pessoas ou de possíveis inimigos saberem ou identificarem nossas posições”, acrescenta o general, em entrevista ao G1.
Tanto os misseis como os canhões são utilizados para alvos de baixa altitude (até 3.000 m) e a até 4 km de distância. Os misseis são do tipo “atira e esquece” - guiados por atração infravermelha e obedecem a uma programação de um software e sincronizado com o movimento do alvo no radar.
Entre 8 e 23 de junho, o espaço aéreo sobre o Riocentro estará bloqueado pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra). Apenas aeronaves previamente autorizadas podem passar pelo local, como aviões e helicópteros militares, de segurança pública e de serviços médicos.

A altitude controlada e bloqueada na região é ilimitada. A partir do dia 8, o cerco compreende uma área de 1 km ao redor do Riocentro. A partir do dia 16, o limite é expandido para um círculo de 4 km, segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

canhao (Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação)Um dos canhões que será usado para abater aviões
suspeitos. Arma não ficará visível ao público
(Foto: Brigada de Artilharia Antiaérea/Divulgação)
Hipóteses de ataques
Entre as hipóteses para o disparo de um míssil, estão a invasão do espaço aéreo de aeronaves militares não autorizadas, helicópteros, aviões de ataque ou sequestrados e até drones (aeronaves remotamente tripuladas), que possam estar equipados com armas ou sistemas de monitoramento e inteligência, como rádio, câmeras ou envio de informações não autorizadas.

Questionado sobre se um avião for sequestrado por terroristas algum dos aeroportos do Rio de Janeiro com o objetivo de ser jogado contra o Rio Centro, o general disse que a decisão de abatê-lo seria da presidente Dilma Rousseff.

“São vários tipos de ameaças que podem acontecer, como aeronaves que podem entrar ilegalmente naquela área. Pela lei brasileira, quem decide o abate da aeronave é a Presidência da República ou a quem ela delegar a responsabilidade. Ela é quem tem a decisão, efetivamente, de mandar fazer o disparo ou não. Se formos atuar sobre uma aeronave, a ordem parte da Presidência”, explica.
Acima da altitude de 3.000 m, a responsabilidade de abater ou conter possíveis ameaças será de caças da Força Aérea Brasileira, que também estarão posicionados para interceptar aeronaves que se aproximarem do Riocentro.
Arte espaço aéreo da Rio+20 (Foto: Arte/G1)

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